A Rodinha - Um pouco de história

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Conheça as nossas raízes:



O Grupo “A Rodinha – coletivo pela livre expressão sexual”, foi fundada em julho de 2003 com o objetivo de promover ações para contribuir com a desconstrução de estigmas sobre a vivência e expressão da sexualidade por cinco jovens universitários (as) com as mais variadas identidades de gênero e sexuais.

O grupo era autogestionário. Todos os membros tinham o mesmo poder decisório e qualquer polêmica era decidida através de intensas negociações, demoradas conversas, tudo com o intuito de não constituir minoria em seus processos deliberatórios, como também evitavam viementemente a construção de hierarquias e delimitação de funções entre os seus componentes.

A atividade principal desenvolvida pelo grupo foi a realização de bate-papos sobre questões ligadas à sexualidade e as relações de gênero nas escadarias da Biblioteca Central dos Barris. Os bate-papos reuniam mais de vinte pessoas todas as quartas-feiras. Atraía estudantes de nível, fundamental, médio, superior, classes baixa, classe média, e nos últimos encontros foi extremamente marcada pela presença de anarquistas e libertários de outra ordem. (risos).


“A Rodinha” produziu um documentário sobre a travesti Dèbora – “Débora: o Doce Mel da Abelha Rainha” que foi selecionado e concorreu à premiação do VII Festival 5 minutos / DIMAS em 2003. Filme de 05 minutos em que a partir do encontro com Débora, uma profissional do sexo, que trabalha no centro de Salvador, a intimidade de um travesti é revelada, com as suas dores e riscos, seu humor e glamour.

A mais ousada contribuição do grupo foi a realização da Mostra Sexualidades em jeneiro/fevereiro de 2005. Com uma programação com mais de 40 obras cinematográficas que foi exibida na Sala Alexandre Robatto - Biblioteca Pública dos Barris. A mostra teve o apoio de locadoras que cederam os filmes gratuitamente, de sidicatos e da UFBA que forneceram o material de divulgação. A imagem criou muita polêmica na cidade, precisou de negociação para ser exposta em diversas unidades da UFBA, a diretoria da DIMAS teve dificuldade em aprovar o material, foi rasgada na Residência Universitária da UFBA no restaurante, na hora do jantar, assim como na FFCH, na Politécnica, na FACED. Apesar da polêmica a mostra bateu o recorde de cinéfilos na Alexandre, cerca de 75 pessoas não conseguiram ter acesso à sala para assitir Teorema. A mostra terminou sendo adiada por mais duas semanas. Os temas foram muito variados: homossexualidade masculina, feminina, s/m, prostituição, pedofilia, repressão à livre expressão por parte do Estado etc.

2 comente na roda:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Almeida, o texto acima faz parte de uma tentativa de historizar os movimentos pela diversidade sexual surgido depois de 2000. Inicialmente foi publicado no BLOG Oficial do Coletivo KIU, projeto do qual sou o criador (sempre tive a liberdade do grupo para tocá-lo à frente). Portando gostaria que você identificasse a fonte de onde retirou o texto, dispondo ao leitor um link para que o mesmo tenha a possibilidade de acessar o endereço orginal, se desejar.

Fonte:
A Rodinha
Autoria: Juan Marie
End: Blod do Coletivo KIU
http://coletivokiu.blogspot.com/2006/04/rodinha.html
Um abraço